Quando perguntei ao “Rodrigo” se já teria uma ideia do que queria seguir, estando a um ano de entrar para a universidade, respondeu-me – não sei tia, só sei que quero ser rico… ! A minha mãe diz que isso é mau, o que acha-perguntou me.
É uma questão pertinente esta e a resposta do Rodrigo, merece muita atenção. A comunicação é constante, apelando à constante necessidade de aquisição e ofertas materiais para sermos felizes- É por isso natural que este tipo de resposta se torne comum, sempre que surge a velha questão, o que gostarias de vir a fazer profissionalmente. Querer “ser rico” entenda-se como, “querer TER muito dinheiro, não tem mal nenhum. Assim coloquei a primeira questão de outra forma,- o que gostarias de fazer para ter muito dinheiro (?). O dinheiro é e sempre foi uma energia muito forte, que todos querem, mas nem todos o sabem ter. Voltando à resposta do Rodrigo, “quero ser rico”, faço uma proposta diferente perguntando: que tipo de rico queres ser ? Um rico dentro da legalidade e dos bons valores, um rico que partilha a sua riqueza de forma justa com todos os seus colaboradores, que coloca parte do seu lucro ao serviço para melhorar algo no mundo ? ou um rico ganancioso , que passa por cima seja de quem for e que só pensa adquirir e acumular bens por vaidade e ostentação, um rico que o dinheiro é a sua primeira prioridade ainda que tenha de matar para isso, cooperar com a destruição de outros, como acontece nos tráficos de droga e prostituição ?.
Respondo assim: Antes de qualquer decisão é importante que te situes no tipo de rico queres ser e não há mal nenhum nisso, que todo o dinheiro do mundo estivesse na mão dos conscientes. Depois de teres esta resposta clara de dentro de ti, começa a trabalhar nesse sentido. Julgo que sei e posso afirmar que, quando gostamos muito do que fazemos e temos um propósito maior, o dinheiro que precisamos para viver e partilhar, vem ter connosco.